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NOVA YORK - Dois irmãos africanos de 11 e 13 anos que se mudaram recentemente para os Estados Unidos foram atacados na escola na última sexta-feira, de acordo com a emissora “NBC” em Nova York. Os meninos, que estão no sexto e oitavo ano, foram hospitalizados depois de serem gravemente feridos por pessoas que os chamaram de “ebola”, segundo o Conselho Consultivo Africano, um grupo que defende os africanos no Bronx. Os rapazes foram atacados no bairro Tremont do município. A história veio à tona quando o grupo de advocacia cobrou ações contra o preconceito na região.
Os meninos se mudaram do Senegal para os Estados Unidos há cerca de um mês atrás, declarou o pai dos meninos, Ousmane Drame, a “NY1”. Ele disse que correu para a escola quando soube do espancamento.
- Eles me chamaram na escola e me disseram para vir que 'eles estão batendo nos seus filhos' (...). Ele estava chorando, deitado no chão, mais de 10 crianças em cima dele, batendo nele - Drame afirmou à emissora.
Os ataques ocorreram um dia depois que um médico que contraiu ebola foi internado em um hospital de Nova York.
Senegal é um dos vários países do Oeste Africano - região onde estão localizados os três países com surto do ebola -, mas não há novos casos relatados desde agosto.
Embora Senegal tenha recentemente sido declarado livre de ebola, o grupo disse que o estigma da doença permanece.
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Em um comunicado publicado na sua página no Facebook, o Conselho Consultivo Africano exigiu “um fim à estigmatização permanente (...) e à violência contra os africanos”. O grupo disse:
“Exigimos medidas corretivas que parem a intimidação e a violência contra nossas crianças na escola e na comunidade. Como cidadãos deste país e do Estado de Nova York, pedimos a garantia de proteção igual sob a lei.”
De acordo com um porta-voz do Conselho Consultivo Africano, a escola tomou medidas disciplinares.
Irmãos africanos são atacados e chamados de "ebola" em escola em Nova York
Os meninos se mudaram recentemente do Senegal para os Estados Unidos
